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Web Rádio "SAUDADE SERTANEJA, transmitindo de Bauru/SP, Sob Direção Geral de Tião Camargo

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Carreteiro e Carerense – No Romper da Madrugada (2009)

Carreteiro e Carrerense 01
Carreteiro e Carrerense 02
Carreteiro e Carrerense 03

Cãndido Carneiro, Zeca, Tião Camargo e Jotha Camargo
De lambuja, uma foto onde aparecem o Cândido Carneiro, o Zeca, Eu (Tião Camargo) e meu irmão Jotha Camargo, feita no começo de setembro quando o Zeca esteve em Bauru. (Igualzinho tiririca: “diminui, mas não acaba”.

Quando postei aqui o primeiro CD de Carreteiro e Carerense, falei da da Dupla e da Família Carneiro. Também disse que eles já haviam gravado um no disco, mas que não postaria agora por se tratar de um trabalho recente, pois eles precisavam vender o disco e ganhar algum dinheiro. Como a dupla já não tem mais onde gastar e guardar tanta grana, me autorizaram a postar o álbum novo. E aí está ele; divirtam-se!

  1. Rosa Negra (Cândido Carneiro, Carreteiro e Carerense)
  2. Titanic (Cândido Carneiro e Carerense)
  3. No Romper da Madrugada (Cândido Carneiro, Carreteiro e Carerense)
  4. S.O.S Tietê (Antônio Carneiro, Carreteiro e Carerense)
  5. Caboclo Velho (Cândido Carneiro, Carreteiro e Carerense)
  6. Fantasma Caminhoneiro (Antônio Carneiro e Carerense)
  7. Gancho Enferrujado (Antônio Carneiro e Carreteiro)
  8. Meu Desabafo (Antônio Carneiro, Carreteiro e Carerense)
  9. Morrendo de Amor (Cândido Carneiro e Osmar Di Paula)
  10. Pura Visão (Ivan Souza)
  11. Rainha do Sertão (Antônio Carneiro e Carerense)
  12. Rotina (Cândido Carneiro e Carreteiro)
  13. Transporte de Sonhos (Cândido Carneiro, Carreteiro e Carerense)
  14. Carro e Carreiro (Eli Silva e Degleir)
  15. Promotor Sertanejo (Antônio e Carerense)

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quinta-feira, 24 de setembro de 2009

João Mulato e Douradinho – Modas de Viola, Vol.01 (1985)

João Mulato e Douradinho - 1985

Minha intenção era colocar na sequência cronológica toda a discografia de João Mulato e Douradinho, mas pedido de um primo do saudoso Degleir, que formou a dupla Eli Silva e Degleir, estou adiantando esse álbum, o quarto da carreira de João Mulato e Douradinho; o primeiro só de modas de viola. O pedido foi feito em virtude do disco trazer a moda de viola “Família Tangerino”, a família do Degleir, de Lençóis Paulista.

Esse Douradinho era o Tiãozinho da cidade de Araçatuba, falecido recentemente. Também formou a dupla Parreira e Douradinho. O João Mulato, que atualmente reside aqui em Bauru, forma a dupla João Mulato e João Carvalho, uma grande dupla.

Biografia completa em www.boamusicaricardinho.com


Canga do Tempo, do quinto LP, com o mesmo Douradinho


Aqui o primeiro e o terceiro douradinho, uma raridade

  1. Bandeirante Fernão (Carreirinho, Ado Benatti e Campos Negreiros)
  2. Companheiro do Ferreirinha (Pinheirinho e G. Galdino)
  3. Derrota (Décio dos Santos)
  4. Família Tangerino (João Mulato)
  5. Ingrata (Dino Franco e João Caboclo)
  6. O Peso da Idade (João Mulato e Zancopé Simões)
  7. Padecimento (Carreirinho)
  8. Preto Fugido (Zé Carreiro e Carreirinho)
  9. Tempo de Infância (João Mulato e Tião do Ouro)
  10. Última Viagem (Carreirinho e Fernandes)

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Fernado e Osmair – Destino de Violeiro (2004)






Fernando e Osmair - Destino de Violeiro
Antônio Fernando Coelho (nascido em 25/12/1969) e Osmair Vieira Lemos (nascido em 28/09/1968) moram em Frutal-MG, cidade do Triângulo Mineiro onde residem há vários anos e que eles têm como se fosse a própria Terra Natal. E foi em Frutal que os dois se conheceram e formaram a dupla.

Fernando na Viola e Osmair no Violão têm talento que se compara aos mais renomados Violeiros do Brasil e vêm sendo considerados como sendo a grande esperança para a manutenção do "Estilo Dupla Caipira Raiz".


Contato para shows e venda de CDs:



VBS Produções:

(61) 3301-1267, (61) 3301-5888 ou (61) 9964-7945

e-mail:
violabrashow@brturbo.com


01 - Garganta Do Mundo (Tião do Carro e Caetano Erba)

02 - Destino de Violeiro (Zé Mulato)

03 - Desabafando (Zé Mulato)

04 - Pose de Rainha (Zé Mulato)

05 - Amigo da Onça (Goiano e Zé Batuta)

06 - Nas Cinzas Do Meu Passado (Nas Cinzas do Meu Passado)

07 - Regência Do Destino (Zé Calixto Rodrigues e Zé Matão)

08 - Pagode da Esperança (Carlinhos Lima)

09 - Primícias Do Sertão (Antônio Vitor)

10 - Meu Retrato (Tião do Carro e Caetano Erba)

12 - Onde Você Mora (Tião do Carro e G. Gomes)

13 - A Cachaça E O Fumo (Dino Franco e Nhô Chico)

14 - Questão de Tempo (Zé Mulato)
DOWNLOADCRÉDITO: gustavospirandio.blogspot.com

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Eli Silva e Zé Goiano – Belmonte e Amaraí

De 04 a 12 de outubro o Recinto de Exposições “José Oliveira Prado” em Lençóis Paulista/SP irá sediar a 22ª Exposição e Feira de Ovinos do Estado de São Paulo (Expovelha)

Dia 08, às 21h00 – Eli Silva e Zé Goiano, às 22h30 - Belmonte e Amaraí.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Morre o Falcão da dupla Felipe e Falcão


Herói Sem Medalha (Sulino)

Morreu na noite dessa sexta, 18/09/2009, vítima de infarto, Antônio Rosa Ribeiro, 53 anos, o Falcão, da dupla Felipe e Falcão. Ele estava internado em estado grave no Hospital São Lucas, em Goiânia, por causa de uma erisipela.

Por volta de 18h sexta-feira, o cantor sofreu um infarto e os médicos não conseguiram reanimá-lo. A morte foi anunciada às 23 horas. Falcão chegou no dia 3 de setembro a um hospital em morrinhos, sua cidade natal, a 125 km de Goiânia, já com um quadro de infecção generalizada e suspeita de erisipela. No dia seguinte, foi levado para a UTI do São Lucas. Na última semana, seu quadro geral havia apresentado uma melhora, mas ele não resistiu à duas paradas cardíacas.

A dupla Felipe e Falcão gravou 14 CDs e dois DVDs em 24 anos de carreira. O primeiro disco foi o LP “Gosto de Felicidade”, gravado em 1986.

Antes de iniciar a carreira de músico, Falcão se formou em jornalismo e foi apresentador de festivais de música em uma emissora de Goiás nos anos 80. Foi em um destes festivais que ele conheceu Felipe.

Falcão foi sepultado sábado, 19/09/2009, as 18 horas, no cemitério São Miguel, em Morrinhos, sua cidade natal.

Felipe e Falcão sempre prestigiaram a Música Sertaneja Raiz, desde o primeiro LP quando gravaram a Moda de Viola “Irmãs de Leite”, até ao DVD “20 de Felipe e Falcão”, com a música “Herói Sem Medalha”.

“Manifesto profundo pesar pelo falecimento desse Grande Artista. Ao Felipe, aos fãs, aos familiares e amigos do Falcão,  as condolências de toda a Família Sertaneja”

Tião Camargo

sábado, 19 de setembro de 2009

Zé Tapera e Teodoro – A Moça do Retrato - 1970

ze-tapera-A-Moca-do-Retrato
  1. A Moça do Retrato (Passarinho e Dadá)
  2. Coisinhas Passageiras (Peão Carreiro e Teodoro)
  3. Estrela D'alva (José Carlos)
  4. Homem Feliz (Nenete e Benedito Seviero)
  5. Jogador de Baralho (Nenete e Tupy)
  6. Lampião da Morte (Benedito Seviero e Zé Tapera)
  7. Lei do Cativeiro (Peão Carreiro e Teodoro)
  8. Loja do Bem Querer (Zé Tapera e Carlinhos)
  9. Maldito Ciúmes (Palmito)
  10. Morrer Por Amor (Teodoro e José Carlos)
  11. Papai e Mamãe (Benedito Seviero e Nenete)
  12. Terreiro de Saravá (Benedito Seviero e Ricieri Faccioli)

BIOGRAFIA - Site Boa Música Ricardinho

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sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Brancão e Seu Conjunto - Brancão Baile Show

Brancão 01

Conheci esse grande conjunto nos anos 90, época em que se apresentou alguns anos seguidos no encerramento do Festival Sertanejo do Bauru Country Clube. Esse álbum não tem data, mas acredito ser de 1995. O Bauru Country Clube não existe mais, deixou muita saudade, assim como o Conjunto do Brancão. Para quem gosta – como eu gosto muito de músicas matogrossense e paraguaia, do rasqueado, principalmente - vale a pena conferir. E se alguém tiver notícia deles, por favor, me envie por e-mail. A única coisa que sei é era da cidade de Três Lagoas/MS.

  1. Saudade Que Saudade (Brancão)
  2. Rufino Ramon (Silvério Villanueva)
  3. La Bailanta (Isaco Abtibo e Heráclio Perez)
  4. Dom Jaime (Brancão)
  5. Puerto Tirol (H. Perez e H. Ramires)
  6. Acordeona do Quem Quem (Antonio T. de Jesus)
  7. Você e Eu (Cícero Martins, Luiz Nander e Brancão)
  8. Lamento Campesino (Brancão)
  9. Mercedita (Ramon Sixto Rios)
  10. Entrevero (Brancão)
  11. Canto da Madrugada (Dino Franco e Zanini)
  12. Galo Índio (Brancão)
  13. Mil Versos de Amor (Brancão)
  14. Mi Branquito (Brancão)
  15. Curê Caaguy (D.R.)
  16. Linda (Brancão)
  17. La Fiesta (Amilton R. Souza)

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A grande falta de respeito aos autores e compositores.

Certa vez, há mais ou menos dois anos, estava fazendo parte da Comissão Julgadora de um festival sertanejo, uma dupla chegou, se apresentou e cantou a moda de viola “Meu Pequeno Território”, na minha frente, sem se referir aos nomes dos compositores da música. Depois, no intervalo da primeira para a segunda fase do festival, estava eu tomando um refrigerante no bar ao lado do recinto do festival, quando um dos componentes da dupla se aproximou e me perguntou se eu tinha gostado da música. Respondi que sim, que era uma boa música. Foi quando ele me disse que a música era de uma dupla de Bauru, Eli Silva e Zé Goiano. Então respondi a ele: “olha, nesse festival o que está em disputa é apenas a interpretação e seus requisitos, do contrário eu teria descontados alguns pontinhos da sua dupla. Você disse duas inverdades: primeiro, a dupla Eli Silva e Zé Goiano não é de Bauru, o Zé Goiano, sim, mas o Eli Silva é de Lençóis Paulista; segundo, a música também não é da dupla, ela apenas a gravou, a música é letra de minha autoria e melodia do Zé Goiano. Sabe qual foi a reação dele? “Poxa vida, me desculpa; nunca tinha ouvido falar no senhor”! Acabou de chutar o barde de vez; sequer leu meu nome em algum lugar. Claro, só compra CD pirata ou baixa da Web daqueles blogs e sites que fazem as mesmas coisas.

E isso não é agora. Veja nesse vídeo a grande mancada do Xororó com seu futuro sogro, o Zé do Rancho.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Zeca e Zico Filho – Casinha Amarela

Zeca e Zico Filho 01

Zeca e Zico Filho 02
Zeca e Zico Filho 03

Contatos (XX17) 3227-5760, 97062211

Pessoal, felizmente aqui está o primeiro disco do Zeca e Zico Filho, infelizmente também o primeiro do Zeca sem o Zico. Não temos link para download desse álbum, tampouco vamos postá-lo, pois trata-se de um trabalho recente e não seria justo que fizéssemos isso; precisamos, sim, adquirir o disco e prestigiar esses dois grandes batalhadores.

A maioria das músicas desse CD, são velhas conhecidas nossas, mas existem alguma inéditas e entre elas podemos destacar: “Casinha Amarela” do meu amigo Miguel Costa da cidade de Boa Esperança do Sul, compositor dos bons, entre suas composições merece destaque “Meu Endereço” gravada por Cézar e Paulinho; também “Regência do Destino” de autoria do grande José Calixto Rodrigues, de São José do Rio Preto, que tem músicas gravadas com Zé do Cedro e João do Pinho, Ronaldo Viola e João Carvalho, Pirajá e Pratini, João Mulato e João Carvalho, Miltinho Rodrigues e Piraguá e Pratini, entre outras.

O Zeca esteve em Bauru, hoje, 16.09.2009, para um tratamento preventivo da visão, que segundo ele mesmo me disse, está tudo bem. Aliás, ele nem precisaria me dizer que está bem; autografou o disco que me deu sem precisar usar óculos, enquanto eu, com quase 20 anos menos que ele, sem óculos, mal consigo ver o disco.

Ele também gravou  uma entrevista para dois alunos de Jornalismo da Unesp de Bauru que estão fazendo um belo trabalho de conclusão do curso sobre a História da Música Sertaneja que, assim que possível, vamos postar aqui no blog, a entrevista e todo o trabalho dos meninos, se eles permitirem.

Estivemos juntos eu, o Zeca, meu irmão Jotha Camargo e o Cândido Carneiro. Tiramos várias fotos juntos, mas não foi possível postá-las hoje por que não achei o cabo USB para copiar as fotos para o PC. O mais importante, realmente, fazer a divulgação da nova Dupla Zeca e Zico Filho.

A seguir, uma pequena parte da Biografia de Zico e Zeca e Zeca e Zico Filho que roubamos do Site Recanto Caipira da minha amiga Sandra Cristina de Ribeirão Preto.

Antônio Bernardo da Costa (Zico) nasceu em 04 de janeiro de 1931, e Domingos Paulino da Costa (Zéca) nasceu em 12 de setembro de 1932, ambos em Itajobi, interior do estado de São Paulo.

Filhos de Gabriel Paulino da Costa e Maria Rosa. Ao todo o casal teve 13 filhos, mas se criaram 9. São irmãos de outra grande dupla: "LIU E LÉU" e primos de primeiro grau de "VIEIRA E VIEIRINHA", pois o pai, o sr. Gabriel, era irmão de dona Gabriela (mãe de Vieira e Vieirinha). Família de tradicionais violeiros e cantadores. Zico e Zéca tiveram fortes influências dentro da própria família. O pai tocava viola e cantava. A mãe também cantava e tinha bons violeiros em sua família. Dona Maria Rosa tinha um tio chamado Ignácio que também cantava, e que segundo sr. Gabriel, não existia outro igual. Messias Garcia, que fez parte da famosa "Turma Caipira Cornélio Pires" nos anos de 1929 e 1930, era primo de segundo grau de dona Maria Rosa. Zico e Zéca e os demais irmãos foram criados em sua terra natal, Itajobi, trabalhando nas lavouras de café, e nas horas vagas se apresentavam nas festas das fazendas da redondeza, onde cantavam e dançavam catira.

Começaram a cantar em rádio em 1948,...

ZICO E ZÉCA cantaram juntos profissionalmente por 54 anos e meio. A dupla só veio a se desfazer por uma fatalidade do destino. Após uma apresentação na cidade de Santa Rita do Passa Quatro/SP, em 22 de abril de 2007, Zico sofreu uma queda acidental, batendo fortemente a cabeça onde fraturou o crânio. Foi internado no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, onde passou por uma cirurgia e ficou hospitalizado por 38 dias. Seu quadro veio oscilando até que entrou em coma, e infelizmente no final da tarde de 30 de maio de 2007, calou-se para sempre a mais bela primeira voz que o Brasil já conheceu, deixando uma enorme lacuna no cenário sertanejo. Zico foi sepultado em sua terra natal, Itajobi/SP, na tarde de 31 de maio, recebendo homenagem de seus parentes, amigos e fãs.

Mas toda essa trajetória trilhada por esta maravilhosa dupla não poderia acabar. Seu irmão Zéca, resolveu dar continuidade a este trabalho, formando uma nova dupla com o filho do Zico, Jarbas Bernardo da Costa, também nascido em Itajobi/SP, e estão fazendo shows por todo o Brasil com o nome de "ZÉCA E ZICO FILHO", e estão entrando em estúdio para a gravação de seu primeiro disco juntos.

Zéca, você está de parabéns por dar continuidade a este belo trabalho que você realizou com seu irmão Zico por mais de meio século, e nós seus fãs e amigos desejamos muita sorte e sucesso, e que Deus continue abençoando esta voz tão linda e que sejas muito feliz nesta nova trajetória.

Veja a biografia completa clicando no link abaixo:

http://www.recantocaipira.com.br/zico_zeca.html

terça-feira, 15 de setembro de 2009

DVD 80 anos de Zé do Rancho, gravado em 23.07.07.

Trecho do DVD – Aqui, Zé do Rancho e Mariazinha – Avós de Sandy e Júnior - Pais de Noely, esposa do Xororó.

Zé do Rancho formou grandes duplas, tais como: Serrinha e Zé do Rancho – há quem diga que foi esta a melhor dupla do Serrinha – Zé do Rancho e Mariazinha e Zé do Rancho e Zé do Pinho.

João Isidoro Pereira, Intérprete e Compositor, nasceu em Guapiaçu-SP no dia 04/06/1927. Com 8 anos, era engraxate e também fazia carretos na feira livre em São José do Rio Preto-SP, além de já tocar Cavaquinho nos bailes.

Em 1962, com a aposentadoria de Serrinha, a esposa de Zé do Rancho, Maria Vieira da Silva (nascida em Bauru-SP em 07/02/1939 e que Zé do Rancho havia conhecido em 1957) passou a integrar o trio que, por sua vez, foi desfeito em 1965. A nova dupla "Zé do Rancho e Mariazinha" foi depois para a Rádio Nacional (hoje Globo) de São Paulo-SP, na qual permaneceu de 1969 até 1971.

A Vida e a História de um dos maiores ícones da Música Sertaneja, Zé do Rancho – Biografia completa

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Tião Carreiro e João Mulato, “O Encontro de Dois Grandes Mestres” – Uma verdadeira Relíquia.

tiaocarreiro02

Biografia
João Mulato

Biografia

Pessoal, para quem gosta de coisas raras, essas gravações são muito mais que isso: “Uma verdadeira jóia de valor infinito” para os amantes e admiradores da Verdadeira Música Sertaneja, principalmente de Tião Carreiro e João Mulato. Há quem diga que os dois não se bicavam muito, mas estive junto com os eles algumas vezes e nunca percebi nada de anormal. Estou constantemente com o João Mulato e ele sempre afirma que seu grande mestre sempre foi Tião Carreiro.

As músicas abaixo foram extraídas de uma fita cassete, gravada em 1988, numa festa na casa da irmã do Tião Carreiro na Cidade de Tupã. A qualidade, claro, deixa muito a desejar, principalmente devidos aos pingaiadas que nessas horas não faltam para tossir, rir e falar bem alto do lado de quem está cantando.

Trata-se de Tião Carreiro e João Mulato cantando junto e, com exceção da música Rei dos Canoeiros, onde o Tião faz primeira para o João Mulato, nas demais o João Mulato faz primeira voz para o Tião Carreiro.

Na música Majestade O Pagode – que ainda tinha sido gravada – O Tião Carreiro praticamente cantou sozinho, pois o João Mulato nunca tinha ouvido a música.

Da música “A Mão do Tempo”, conseguimos extrair apenas duas estrofes, as demais os pingaiadas estragaram; mas vale apena conferir.

  1. A Mão do Tempo (José Fortuna e Tião Carreiro)
  2. Amargurado (Dino Franco e Tião Carreiro)
  3. Amor e Saudade (Dino Franco e Tião Carreiro)
  4. Arrependida (Tião Campeiro, Garcia e Zé Matão)
  5. Majestade O Pagode (Tião Carreiro e Lourival dos Santos)
  6. Pagode Em Brasilía (Teddy Vieira e LourivaL dos Santos)
  7. Rei dos Canoeiros (Zé Carreiro e Vieira)
  8. Saudade (Tião Carreiro e Zé Matão)

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sábado, 12 de setembro de 2009

Zé Tapera e Teodoro – Surpresa da Vida - 1969

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  1. A Prece do Inocente (Samuel Gervásio de Oliveira e Aldair Teodoro da Silva)
  2. Enxugue Teu Pranto (José Sonigo)
  3. Foi Briguinha de Amor (Samuel Gervásio de Oliveira e Aldair Teodoro da Silva)
  4. Herdeiro do Lampião (Milton José Christofani e José da Silva Martins)
  5. Minha Mágoa (José Sonigo e Aldair Teodoro da Silva)
  6. O Filho Que Voltou (Samuel Gervásio de Oliveira e Aldair Teodoro da Silva)
  7. O Pecado é a Morte (Nicanor Leão Alves Negrão e Otarino Barbino Frutuoso)
  8. O Pedro Malazarte (Samuel Gervásio de Oliveira e José Sonigo)
  9. Primeiro Amor (José Alves de Moura e Eurides José da Luz)
  10. Rei do Cangaço (Samuel Gervásio de Oliveira e José Sonigo)
  11. Surpresa da Vida (José Mendes)
  12. Um Doce Olhar (José Alves de Moura e Eurides José da Luz)

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BIOGRAFIA

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Zilo e Zalo - 1965

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Havia prometido postar uma coletânea de Zilo e Zalo, a pedido do meu amigo Korgue, mas, como vou viajar e só volta segunda-feira, dia 14 – estou cansado de fazer nada em Bauru, vou ver se faço menos na belíssima “Águas de São Pedro” - resolvi postar o compacto simples que trás a música Castelo de Areia e A Grande Esperança, gravado em 1965.

Aníbio Pereira de Souza, o Zilo, nasceu no Sítio Ribeirão dos Cubas, Distrito de Caporanga, em Santa Cruz do Rio Pardo-SP em 01/03/1935 e faleceu em São Paulo-SP em 06/01/2002. Belizário Pereira de Souza, o Zalo, nasceu também no mesmo sítio em Santa Cruz do Rio Pardo-SP em 25/05/1937.

Zilo e Zalo foram também a primeira Dupla Caipira a lançar e vender discos no estrangeiro: após o sucesso de "Grande Esperança" (Goiá - Francisco Lázaro) gravada em 1965, a Chantecler lançou no ano seguinte um Compacto Simples (C-16110), que foi um trabalho beneficente, comercializado somente no mercado internacional, contendo o Rasqueado "Castelo de Areia" (Carreirinho) e a Guarânia "Grande Esperança" (Francisco Lázaro - Goiá).

  1. A Grande Esperança (Goiá e Francisco Lázaro)
  2. Castelo de Areia (Carreirinho)

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Biografia Completa de Zilo e Zalo

www.boamusicaricardinho.com

Carreteiro e Carrerense – Herança de Peão -2004

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Contatos (0XX14) 3239-8974, 9725-9840, 3016-6018 e 9761-7087

Quando postei a matéria “Sabedoria Caipira” fiz um breve comentário sobre meu amigo e Poeta Lazinho Carneiro. Hoje estou postando aqui um álbum do Carreteiro e Carrerense, daqui de Bauru, que mostra bem o lado poético da Família Carneiro. Neste álbum aparecem belíssimas páginas musicais de autoria dos irmão Lázaro e Cândido Carneiro e do primo deles Antônio Manuel Carneiro, que por sua vez é irmão do Carrerense. E, para que ficasse tudo em família, o Antônio Manuel Carneiro casou-se com a prima Maria Carneiro, irmã do Lázaro e do Cândido. Aqui aparece também um música com letra minha e melodia do Zé Goiano, “Namoro na Janela”.

A parte dos “direitos autorais” que me cabe, estou doando a uma família carente daqui da nossa Cidade…a minha, é claro. Acredito que os demais também estejam fazendo o mesmo. Rs…

A dupla já gravou outro CD com muitas músicas do Cândido Carneiro e do Manuel Carneiro, mas trata-se de um trabalho novo; vamos esperar mais um pouco para que os moços possam vender o seu trabalho.

Tião Camargo

  1. Herança de Peão (Antônio M. Carneiro, Lázaro Ap. Carneiro e Carrerense)
  2. Pé de Serra (Jesus Belmiro e Zé Goiano)
  3. Coisas do Destino (Valdemar Reis e Zé Goiano)
  4. Cheiro de Boiada (Lázaro Aparecido Carneiro e Zé Goiano)
  5. Prazer e Paixão (Cândido V. Carneiro, Carrerense e Zé Goiano)
  6. Lamento da Natureza (Antônio M. Carneiro e Carrerense)
  7. Falando Com Deus (Valdemar Reis e Zé Goiano)
  8. Paixão do Paulistano (Antônio M. Carneiro)
  9. Herói Verdadeiro (Antônio M. Carneiro e Carrerense)
  10. Erro do Passado (Antônio M. Carneiro e Carrerense)
  11. Poeta Solitário (Jesus Carlos e Zé Goiano)
  12. Empurrando Com a Barriga (Antônio M. Carneiro e Carrerense)
  13. Paixão de Violeiro (Leandro Debéttio e Aparecido Abel)
  14. Namoro na Janela (Tião Camargo e Zé Goiano )

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quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Os Brilhantes – 2001

Achei…Pessoal, a gente tem tantos discos que às vezes acaba se perdendo no meio deles. Claro…, falta um pouco de organização. Mas acabei achando a capa do CD de “Os Brilhantes”. Os telefones para contatos estão na quarta foto.

Os Brilhantes 01
Os Brilhantes 02
Os Brilhantes 03
Os Brilhantes 04
  1. Amigo (Batista dos Santos e Addo)
  2. Amor Imortal (Addo)
  3. Ao Som da Vanera (Addo e Edmar)
  4. Barco Furado (Addo)
  5. Cheiro da Primavera (Addo)
  6. Como Hei de Te Esquecer (João Batista dos Santos e Addo)
  7. Divino Amor (Addo)
  8. Enchente de Amor (Addo e Edmar)
  9. Eu, Você e a Felicidade (Addo)
  10. Gracias Mi Amor (Addo)
  11. Minha Vida Em Tuas Mãos (Addo)
  12. Reencontro (Addo)
  13. Seu Coração Diz Que Ainda Me Quer (Addo)
  14. Sonho de Amor (Batista dos Santos e Addo)
  15. Virou no Avesso (Addo)

Não sei se é exatamente esse álbum que o Júlio está a procurar, tampouco tenho maiores informações sobre esse grupo. (slf.camargo@gmail.com)

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Eli Silva e Zé Goiano – Meu Sitiozinho

Eu escrevi a letra dessa música “Meu Sitiozinho” mais ou menos na época em que escrevi “Meu Pequeno Território” gravada por Eli Silva e Zé Goiano em 1993. São duas músicas que contam a mesma história, embora com palavras diferentes. Como “Meu Pequeno Território” tornou-se um dos maiores sucessos da Dupla, deixamos “Meu Sitiozinho” na gaveta até 2001, quando foi lançada no CD “As Mais Famosas Modas de Viola” Vol. III, de Eli Silva e Zé Goiano.

Tião Camargo

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Cascatinha e Inhana - Vídeo

Francisco dos Santos nasceu em Araraquara-SP no dia 20/04/1919 e faleceu em São José do Rio Preto-SP no dia 14/03/1996; e Ana Eufrosina da Silva Santos nasceu em Araras-SP 28/03/1923 e faleceu em São Paulo-SP no dia 11/06/1981: primeira Dupla Caipira formada por marido e mulher que, por sinal, “nasceram um pro outro”, como se diz popularmente.

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Biografia de Cascatinha e Inhana

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Zé Tapera e Teodoro – 1968 – Vol.01

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  1. A Menina Preta (Zé Tapera, Zé Paioça e Carlos Costa)
  2. Cinzas da Saudade (Zé da Serra)
  3. Erro da Humanidade (Paulistano)
  4. Louca Ilusão (Vingo)
  5. Meu Pecado (Passarinho e Zé Ferreira)
  6. O Caipira e a Professora (Zé Tapera e Zé Paioça)
  7. Pobre Coração (Cambará)
  8. Triste Saudade (Soberano)
  9. Tu És Culpada (Vingo)
  10. Tudo é Recordação (Pedro Silvio de Matos)
  11. Vai Embora Saudade (Zé da Serra)
  12. Verdade de Um Coração (Zé Tapera e Paulistano)
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Biografia

Sabedoria Caipira

Meu caríssimo amigo TIÃO CAMARGO, que honra para mim ser lembrado por você em um belo comentário em seu blog, que aliás eu visito no mínimo duas vezes por dia.

Aproveito para lhe mostrar uma "bela" poesia que fiz para os violeiros de Bauru.

A arte da vida

Ao me ver assim rodeado de amigos
Cantando comigo essa linda canção
Recebo o aplauso daqueles que gostam
Que por certo apostam em minha missão
Que é ser um artista amante das artes
Toco canto e danço por todas as partes
Levando cultura pra população

 

Desde muito cedo ainda na infância
Nasceu a esperança de eu ser um artista
Cantando em dueto nas rodas de viola
Nas vilas e roças do interior paulista
Aprendi que a vida  é um sonho lindo
E assim sonhando eu vou prosseguindo
Sempre perseguindo uma grande conquista

 

Nesta vida simples de um interiorano
Que ao passar dos anos vê com humildade
Que  fazer sucesso é embalar as almas
Que sofre sem calma em busca de vaidade
Não almejo fama com as coisas que faço
Porem onde canto minha voz deixa rastros
Ecoando compassos de felicidade

 

Eu nunca deixei minha terra natal
Pela capital eu não me interesso
Se  às vezes eu saio em uma excursão
O meu coração logo cobra o regresso
Ser poeta e violeiro me enche de graça
Pois sou bauruense e isso me basta
Viver em Bauru  já é um sucesso

 

Um forte abraço do amigo e admirador do seu incansável trabalho.

Lazaro Carneiro (http://lazaraocarneiro.blogspot.com)

Sabedoria Caipira

Parabéns, é muito interessante colocar esse tipo de informação, para desfazer a idéia que muitas pessoas tem do caipira. Sou um caipira na cidade e não me envergonho disso, aliás tenho muito "orguio" e digo mais, para ser caipira tem que saber o que quer, caso contrário fica negando as origens. Sou um defensor dessa cultura, costumo dizer que faço meu programa na contra mão da história, enquanto a maioria vai na mesma direção mas sem rumo nenhum, eu sigo minha caminhada, divulgando as raízes que as grandes mídias não mostram, um grande abraço.

tunicodaviola@yahoo.com.br

Conheça o site: www.raizcaipira.com.br

Sabedoria Caipira

Para a grande mídia brasileira, caipira é toda pessoa nascida no interior, ao mesmo tempo em que ridiculariza comparando o caipira ao Jeca Tatu. Basta ir numa dessas “Festas Juninas” de hoje para ver as pessoas vestidas como tal, de calça pula-brejo, com remendos no traseiro e no joelho, sem dentes, cara suja, chapéu todo rasgado, com cabelos que mais parece com uma carroça de capim; enfim, um verdadeiro Jeca Tatu. Com certeza, essas pessoas nem sabem a origem e o significado de uma Festa Junina, tampouco o significado da fogueira. Tanto que até já existe a fogueira artificial. Muitas escolas fazem suas festas juninas, única e exclusivamente, para arrecadar dinheiro para outras festas. Nem professores, nem alunos, ninguém sabe nada sobre o que é uma Festa Junina; só sabe que tem que se vestir de palhaço. Sinceramente, não lembro, em todo tempo em que morrei na roça – foram mais de 20 anos – e até hoje, de ter ido a uma festa junina vestido assim; muito pelo contrário, sempre ia com a melhor roupa, bem barbeado; até comprava chapéu novo, exclusivamente para a Grande Festa Religiosa. A mãe olhava até se a gente tinha cortado e/ou limpado bem as unhas.
Pessoal, desculpem-me, esse é um assunto meio fora de época mas, não sei por quê, me deu vontade de escrever isso.

Existem diversas definições nos dicionários de Língua Portuguesa para o vocábulo “Caipira”, tais como: Caipira é o caboclo do interior; diz-se do indivíduo sem traquejo social, casca-grossa, cafona; habitante do campo ou da roça, particularmente os de pouca instrução e de convívio e modo rústico. Enfim, são tantas as definições que algumas até nos ofende; afinal, não somos assim tão casca-grossa, somos apenas um pouco radical quanto aos nossos princípios, como bem define Inezita Barroso, na entrevista abaixo.

Para a violeira Inezita Barroso, a maior virtude de uma pessoa é ser ela mesma por toda a vida.

por Priscilla Santos | foto Divulgação

Muito se engana quem acredita que a violeira, cantora e folclorista Inezita Barroso é natural de alguma cidadezinha perdida pelo interior do país. Inês Madalena Aranha de Lima Barroso nasceu foi em São Paulo, num domingo de Carnaval, em 1925. Mas a paixão pela cultura caipira vem de pequena, quando passava férias em fazendas da família. Isso sem falar na convivência com o músico Raul Torres, que era amigo de seu pai, e da admiração por Mário de Andrade, grande estudioso da cultura brasileira e seu vizinho na infância. Mais tarde, Inezita cursou biblioteconomia e aprofundou os estudos em folclore brasileiro. O primeiro disco veio em 1953, pela RCA Victor, um 78 rotações com duas faixas que marcariam sua carreira: "Moda de Pinga", de Laureano, e "Ronda", de Paulo Vanzolini. Ao todo foram 80 álbuns, sendo o mais recente Hoje Lembrando (pela gravadora Trama), de 2003. O talento de Inezita viu-se em rádios e até no cinema antes de chegar ao programa Viola Minha Viola, na TV Cultura, que comemora 25 anos em 2005, tendo Inezita como apresentadora desde o primeiro.
A mulher que me recebeu de batom nos lábios nem aparenta sua idade, a não ser pela voz serena e pela sabedoria que só quem muito viveu tem.
O que é ser caipira?
O caipira é uma pessoa simples, porém sábia e inteligente. Ele não gosta de complicar nada. Se tem nó no caminho, ele desfaz. É muito difícil ele se bandear para um lado e virar outra coisa, ter outra personalidade que não a dele. Ele vai até o fim. Quando alguém caçoa, ele fica magoado, mas sempre tem uma resposta fantástica para dar. Eu já assisti a várias cenas entre petulantes e caipiras legítimos. Numa das últimas, estava o caipira de cócoras afinando a viola e veio um mocinho e perguntou: "Que instrumento é esse?" O caipira respondeu e o menino retrucou: "Nossa, mas num tempo desse, moderno, você ainda toca essa droga aí?" Aí o caipira ficou espinhado, né, louco da vida, e respondeu: "Meu filho, olha, eu estou com quase 90 anos e pretendo chegar aos 100 para tocar viola". Falou até sem olhar pra cara do moço, mas reagiu na hora, lindamente, sem bater ou ofender.
Isso é sabedoria?
Isso e mais, ele tem sabedoria para tudo. O tratamento médico é com ervas, chazinho, tudo bem simples. O caipira usa aquilo que é feito com as próprias mãos, essa é sua maior glória. O índio era assim e, como eles vêm direto do índio, sabem manejar as coisas. Sabem plantar, colher, o que presta e o que não presta, o que é remédio e o que não é, qual é a melhor alimentação. As mulheres parece que já nascem sabendo cozinhar, tratar de filhos. Eu sempre admirei essa parte. Como aprenderam? Não têm professor, é espontâneo. O caipira aproveita muita coisa da natureza, como a palha e o barro, para criar sua arte. Se a gente fosse fazer isso teria que ir a uma escola, ter as ferramentas. Já ele fabrica as ferramentas. Não tem empecilho para o caipira, é uma vida reta, bonita e simples.
Esse conhecimento tradicional passa de geração para geração?
Está se perdendo bastante. Até a música e a própria viola, que é muito difícil de tocar, era aprendida de ouvido, de olhar, uma transmissão oral, coisa que hoje em dia não existe. Já estão escrevendo música de viola, colocando na pauta, porque o pessoal quer modernizar. Não sou contra que modernize, mas que não tire aquele espírito mais antigo, a tradição. Não sapateie em cima da tradição.
Ainda é possível viver nesse isolamento do caipira?
A gente não pode prender os filhos na roça. Então, eles vêm para a cidade e ficam de vez ou, quando voltam, estão completamente longe dos pais. Dizem: mas não é assim que se faz, na cidade é assim. Café com filtro, por exemplo. Na roça tem que ter o coador de pano, senão tira o gosto do café. Aquele bule enorme que fica no fogão o dia todo. Aqui você não pode fazer isso, nem teria tempo de ficar vigiando uma coisa o dia inteiro. Mas eles não entram em atrito, ou o filho toma o jeito do pai ou o pai não dá muita bola para o que o filho está contando.
E o que se perde com isso?
Perde muito a observação das coisas, né, você se deter mais em algo. A gente sempre está olhando por cima ou um pouquinho para o lado. Você não vê como deveria ver. Até os sentimentos. Quando você fica com raiva de alguma coisa diz: puxa que chato, vou brigar. Mas a falta de tempo faz você dizer: deixa para lá, vai demorar muito para eu encontrar o fulano para brigar com ele, já passou. Então a gente se altera muito no gênio, no sentimento, em tudo. Você se dobra à loucura da cidade. E lá (na roça) não, você tem tempo de viver, sentar, pensar.
Mas, afinal, o caipira muda ou não muda quando chega à cidade grande?
Acho que não, esse é o milagre. O filho até fala "essa música do senhor é muito chata" e fica ouvindo outras coisas. Mas quando ele põe o pé em casa e ouve uma moda de viola, aí é uma choradeira total. Por quê? Qual é o tempo principal da gente? É ser criança. Quando você está aprendendo tudo, vendo tudo, gostando de tudo, está bebendo a vida. Aí você muda um pouco, dá uma pausa, mas não mata aquilo nunca. Fica dentro de você. Quando você volta e ouve de novo, vê de novo, você desmonta.
Por que moda de viola é tão triste?
Acho que é uma condição dos caipiras viverem assim meio isolados uns dos outros, não tem muita festa. O caipira foi catequizado pelos padres, tinha que ser uma pessoa muito reta, religiosa, não podia pecar, eles dão um valor danado a isso. É uma obediência, vamos classificar assim, que nas regiões do Brasil por onde não andaram os padres não tem. A música caipira é muito triste.
Mas o caipira é feliz?
É. Felicidade não tem nada que ver com alegria, com coisa ruidosa. A pessoa pode ser muito feliz quieta, introvertida.
Felicidade tem a ver com quê?
Cada um põe onde quer, né? Se você acha que está bem, você continua daquele jeito. Se acha que não, você sai e procura outras coisas. É engraçado isso, é uma coisa etérea.
Como pode você, paulistana, ter se tornado uma caipira?
Está no sangue. Eu estou muito bem aqui. Agora, se me põem numa fazenda com lampião de querosene, gado, cachorro latindo à noite, aí eu morro de alegria. Eu sinto muito, principalmente, cheiros, cheiros de plantas, nossa, dá uma saudade louca. É diferente, é tudo diferente. No meu apartamento aqui (São Paulo) tenho 22 passarinhos e cachorro, e trato todo dia, morro de alegria. Tenho um monte de plantas também, e com tudo que eu faço ainda acho tempo.
O que é vida simples para você?
É a vida normal. Tudo que não é simples é anormal para mim. Você complicar uma coisa que você pode fazer tão bem, tão calmamente, dentro das suas regras, do seu jeito de viver. Complicar é sair da gente. Eu não saio, não.
OBS:. Longe de querer desqualificar a entrevista e o trabalho da Priscila Santos, da Editora Abril - do contrário não teria postado aqui - mas a Inezita não apresenta o Viola, Minha Viola desde o primeiro programa. No início, o programa era apresentado pelos grandes e saudosos Moraes Sarmento e Nonô Basílio. Temos aqui em nosso blog um video da Dupla Tonico e Tinoco se apresentando no Primeiro Viola, Minha Viola; é só conferir.

sábado, 5 de setembro de 2009

Sobre José Caetano Erba



José deixou um novo comentário sobre a postagem "Adeus José Caetano Erba - Morre mais um dos grande...":
Como grande admirador de Tonico e Tinoco, chegou em minhas mãos um lindo POEMA, dedicado ao TONICO (que partiu)!Fiquei surpreso pois pensava que só eu conhecia certas músicas de Tonico e Tinoco. Posteriormente, vim a conhecer: A VOLTA DO FILHO (c/Barrinha), SACO DE OURO, e diversas outras músicas deste grande talento que foi José Caetano Erba...! Parece coisa do destino..., grandes compositores partem cedo...! Eu sou de 02/09/1937 e tenho a honra de dividir com Caetano Erba, o mês de setembro e o ano de 1.937. DEUS QUE O TENHA!

GRANDE PERDA PARA O MUNDO SERTANEJO...!


Meu cumpadre José, fiz questão de postar seu comentário sobre o Caetano Erba, pois são poucos, quase ninguém, dá valor aos poetas, compositores e autores. As mortes de Caetano Erba e Tião do Carro, neste ano, foram duas catástrofes para Música Sertaneja. O Caetano, com sua sensibilidade poética quase que inigualável, Tião do Carro que era capaz de compor melodias impossíveis. Mas nós ainda temos, felizmente, grandes poetas que estão quase que no anonimato; por exemplo meu amigo Lazinho Carneiro que já escreveu diversas músicas gravadas por Carreteiro e Carreirense. O Lázaro tem um blogs onde ele fala de suas poesias e paixões (http://lazarocarneiro.blogspot.com). No nosso blog tem um link para o blog no Lazinho, é só clicar “O Caipira Que Leu Nietzsche”. Seu e-mail (lazaro.carneiro@yahoo.com.br)
Tião Camargo

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Saudade Sertaneja – Volume 03

SS01
  1. Cabeça Inchada (Hervê Cordovil) Adelaide Chiozzo e Eliana (1951)
  2. Cabecinha no Ombro (Paulo Borges) Duo Guarujá (1958)
  3. Cabocla (Tonico e Tinoco) Tonico e Tinoco (1952)
  4. Cabocla Bonita (Raul Torres e Sebastião Teixeira) Raul Torres e Florêncio (1945)
  5. Caboclo Apaixonado (Elizário Barros, Brinquinho e Brios) Brinquinho e Brioso (1951)
  6. Caboclo Decidido (Serrinha) Serrinha e Caboclinho (1956)
  7. Cachorro Corumbá (Sulino e Teddy Vieira) Sulino e Marrueiro (1949)
  8. Caipira Embriagado (Mandy e Sorocabinha) Mandy e Sorocabinha (1938)
  9. Caminho do Meu Sofrer (Mané Lambança) Nhô Nardo e Mané Lambança (1940)
  10. Campo Grande (Raul Torres) Raul Torres e Serrinha (1942)
  11. Canção da Madrugada (Benedito Seviero e Sebastião Aurélio) Zilo e Zalo (1964)
  12. Canoeiro (Zé Carreiro e Alocin) Irmãos Divino ( 1955)
  13. Canta Sertão (Irmãos Alves) Irmãos Alves (1961)
  14. Capital Federal (Arlindo Pinto e Luizinho) Palmeira e Luizinho (1952)
  15. Carapuça (Priminho e Teddy Vieira) Vieira e Vieirinha (1955)
  16. Carro de Boi (Teddy Vieira e João Pacífico) Leôncio e Leonel (1959)
  17. Casamento é Uma Gaiola (Compadre Generoso) Luizinho, Limeira e Zezinha (1959)
  18. Casando Fugido (Piraci e Antonio Pires de Toledo) Piraci e Guarani (1952)

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Aos amigos saudosistas, amantes e apaixonados pela verdadeira Música Sertaneja, carinhosamente o meu abraço!

Tião Camargo

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Gravações caseiras

Essas gravações foram feitas na Chácara Pôr do Sol, onde realizamos nossa Festa de Confraternização com a família e alguns amigos. Nas músicas Brasil Caboclo e Casa de Caboclo, eu faço segunda voz para a Maria Ferreira; em Mourão da Porteira, eu faço primeira voz para o Jotha Camargo, meu irmão; em Janela da Vida e Colcha de Retalho, o Jotha faz segunda voz para a Maria Ferreira; sempre acompanhado pelo João Ferreira, esposo da Maria, ao violão. Ao fundo, encostado no pé da Figueira, meu cunhado Zé Batista, de Campinas, também chacareiro de Caconde.

  1. Brasil Caboclo (Walter Amaral e Tonico) Tião Camargo e Maria Ferreira
  2. Casa de Caboclo (Nonô Basílio) Tião Camargo e Maria Ferreira
  3. Colcha de Retalho (Raul Torres) Jotha Camargo e Maria Ferreira
  4. Mourão da Porteira (Raul Torres e João Pacífico) Tião Camargo e Jotta Camargo
  5. Janela da Vida (J.J.Barretos e Paraíso) Jotha Camargo e Maria Ferreira

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