Morreu, aos 74 anos, dia 1º de janeiro de 2011, na Cidade de Sorocaba, Geisa Araújo, componte do Duo Irmãs Celeste.
Formada pelas irmãs Diva e Geisa Araújo, mineiras de Sacramnento, Minas Gerais a dupla gravou 20 discos 78 rpm de 1957 a 1964 e mais 5 LPs e se desfez com o casamento de Diva. Geisa seguiu na carreira solo usando como nome artístico “Geisa Celeste”, casou-se com Mário Zan, gravou 5 Lps, separou-se do acordeonista e foi morar com a filha em Sorocaba, onde morreu dia 1º de janeiro deste ano.
Por sua beleza encantadora, as irmãs Diva e Geísa também ficaram conhecidas como "As Bonecas que Cantam".
Saiba mais das Irmãs Celeste em: www.boamusicaricardinho.com e www.recantocaipira.com.br
Revista Sertaneja - Ano II - nº 19 - novembro de 1959
Na capa: Duo Irmãs Celeste
A morte de Geysa celeste, "um triste adeus..."
Faleceu em sorocaba, no princípio de janeiro deste 2011, aos 72 anos, no mais completo ostracismo, pobre e doente, uma das maiores cantoras do brasil de todos os tempos- a maravilhosa geysa celeste.
Gravou um total de 10 lps, cantando com sua voz única e inimitável canções em espanhol, guarani, italiano, francês, grego, japonês e árabe, o que a credenciou a ser contratada para atuar em vários países, como argentina, onde em 1969 atuou no filme 'la culpa' ao lado da estrela libertad leblanc.
Já no Chile, obteve um imenso éxito na 'piscina panorama' do carrera sheraton hotel; na Itália, os críticos do mais influente jornal do país, o 'corriere della sera' fizeram os maiores elogios a sua voz, na suiça, atuou em locais de grande prestígio como o 'dolder grand hotel' - hotel waldaus, - hotel engel, em cidades do jet set internacional como baden- baden, lauzane e zurich.
De volta ao Brasil sua carreira prosseguiu em tournées pelo sul e centro oeste do país.
A crítica brasileira a considerava a yma sumac brasileira, pois sua voz ia do contralto até o soprano coloratura, alcançando as 4 oitavas que faziam com que o público que a ouvia, ficasse espantado com seu dom vocal.
Geysa celeste, no entanto, nunca teve o prestígio e popularidade que seu talento mereciam.
Pessoa simples, amável, simpática fui seu amigo durante muitos anos. Ao ir para a Europa em 1990, perdi seu contato.
Um amigo comum, Dino Nery é que esporádicamente me contava de suas notícias... E não eram nada boas. Com a mudança no gosto musical do público, o fechamento das casas noturnas, night-clubs e boites com música ao vivo.
O mercado de trabalho para esse tipo de artista praticamente acabou. Geysa vendeu seu único imóvel em São Paulo e foi morar no interior de minas, onde começou seu calvário: com problemas de saúde e financeiros, nos anos 90 mudou para Sorocaba onde vivia muito modestamente. Tentamos localizá-la várias vezes mas ninguém sabia seu endereço. Ela podia ter vindo a São Paulo, no programa do ratinho contar sua história, e certamente seria ajudada. O destino não quis.
A semana passada Dino Nery me ligou de salvador me dando a triste noticia de seu falecimento, vítima de abandono, esquecimento, de um Brasil cruel, hipócrita, sem história, sem memória, que enterra em vida seus ídolos verdadeiros, talentos únicos, irrepetíveis, e só se preocupam com lixos vergonhosos como os big brothers da vida e outros do gêner.
Um Brasil que já se esqueceu que tivemos uma leny eversong, Elizete Cardoso, Linda Batista, Dalva de Oliveira, Elza Laranjeira, etc etc...
Geysa celeste possuía um dom grandioso, que toda a cultura e dinheiro do mundo são incapazes de proporcionar a um ser humano- ela possuía o dom que somente deus permite conceder; uma voz, clara, limpa, cristalina, grandiosa.
Quem teve a oportunidade de vê-la cantar pessoalmente ou ouvir uma de suas gravações nunca a esquecerá.
Descanse em paz, amiga querida, geysa celeste, a voz- mulher, o fenomeno vocal, a yma sumac brasileira.
FOTOS DO ARQUIVO EXCLUSIVO DE JAIME PALHINHA
Por: Ovadia Saadia (site:www.batelli.com.br)
São Paulo
Parabéns ao autor pela beíssima reportagem sobre a Geisa Araújo “Geisa Celeste”. Pena que em nenhum momento o Duo Irmãs Celeste foi citado. Também, Geisa morreu ao 74 anos, não aos 72.
Tião Camargo
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Professor pretende doar acervo da cantora, falecida no dia 2 de janeiro, aos 74 anos
Notícia publicada na edição de 19/01/2011 do Jornal Cruzeiro do Sul, na página 1 do caderno B.
Em 2008, dias após seu aniversário de 72 anos, a cantora apareceu na redação do jornal Cruzeiro do Sul, com os long plays embaixo do braço. Naquela data, manifestou o desejo de voltar aos palcos
No tempo em que duplas de mulheres cantando músicas sertanejas faziam sucesso no país, Geysa Celeste e a irmã Diva chegaram a gravar quatro discos, sob a alcunha de Duo Celeste. Depois, louvada pelo seu talento vocal, seguiu carreira solo, chegando a realizar turnês internacionais em países como Suíça, Itália, Alemanha, Chile e Argentina, cantando em língua estrangeira. Na década de 80, Geysa, que nasceu em Sacramento, Minas Gerais, radicou-se em Sorocaba, cidade onde viveu até o primeiro dia de 2011, quando morreu, aos 74 anos, amargando o esquecimento e a falta de recebimento dos direitos por suas obras. Os long plays originais, algumas fotos e cartas que trocou com o amigo e admirador, professor Maldonado, continuam sob sua tutela, mas a intenção é doá-los para algum museu interessado na história da música. No acervo, a maioria dos long plays da cantora, em carreira solo e em duo, constam também cartas em que relata sua insatisfação com questões familiares, além de fotos de diversos momentos de sua trajetória, até os últimos meses de vida.
Para o professor, lembrar os últimos momentos da amiga é difícil, já que a situação não estava nada bem. Ela, que lançou dez long plays na carreira solo, vivia com a pensão de um salário mínimo, referente à aposentadoria conquistada com a ajuda dos amigos de Sorocaba. Em uma modesta casa na Vila Fiore, lembra o professor, levava uma vida em que nada lembrava que ali habitava uma artista que já havia alcançado certo sucesso na carreira.
Com depressão e após um câncer de mama, Geysa sumiu do convívio dos amigos logo no início do segundo semestre do ano passado. Na época, Maldonado havia feito cópias de seus long plays em CDs, e ela os comercializava de porta em porta, por R$ 5. O sonho dela era voltar a cantar, e já tinha até o título do próximo trabalho, que teria em um lado, a foto que mais gostava e, em outro, uma foto atual, conta.
O sonho do retorno
Em 2008, dias após seu aniversário de 72 anos, apareceu na redação do jornal Cruzeiro do Sul. Queria divulgar o aniversário e se apresentou, com os long plays embaixo do braço. Na matéria, veiculada no dia 30 de julho de 2008, já manifestava o desejo de voltar aos palcos. Não teve tempo.
Meses antes de morrer, em um sábado, data em que ela aparecia na casa do amigo Maldonado para buscar alguns alimentos como miojo, sardinha e suco de caju, ficou bastante irritada com a demora dele, que se atrasou pois estava no dentista. Os remédios para a depressão que tomava estavam deixando ela bastante irritada, fala o professor que, depois dessa data, não viu mais Geysa. Até a notícia da morte da cantora ele soube por terceiros. Uma vizinha me ligou para dizer. Mas ela foi enterrada às 9h do dia 2 e essa vizinha me ligou às 10h, recorda. Outro fato que chamou sua atenção é que consta que Geysa morreu em uma clínica em Salto de Pirapora.
A dor do amigo não se dá tanto por não poder ter comparecido ao velório, mas pelas condições em que Geysa viveu os últimos anos de sua vida: sem reconhecimento e, principalmente, sem dinheiro. Para ele, problemas referentes ao casamento com o sanfoneiro Mário Zan, desentendimentos com a filha e o não recebimento dos direitos do seu trabalho - que segundo Maldonado eram repassados para a produtora de Mário Zan, que respondia pela cantora - foram cruciais para o estado de saúde física e mental de Geysa.
Em cartas enviadas ao amigo, a cantora é bastante clara quanto o sentimento de amargura e tristeza que vivia, e menciona, em diversos trechos, insatisfação e desavenças com a filha. Conforme Maldonado, Geysa - que chegou em Sorocaba em 1985 e se apresentou em shows e boates -, planejava voltar para a cidade natal, em Minas Gerais, na espera de uma retomada em sua carreira artística. Ela nunca deixou de ser artista e sua voz continuou impecável, talvez um pouco mais grave, rememora.
Créditos: Fábio Rogério / Arquivo
RECORDAÇÃO (1959) Primeiro LP do Duo Irmãs Celeste
- Cantando Sempre - Nonô Basílio e Mauro Pires
- Abandonada - Palmeira e Mário Zan
- Apenas uma Cartinha - Mário Zan e Arlindo Pinto
- Chalana - Mário Zan e Arlindo Pinto
- Seriema - Mário Zan e Nhô Pai
- O Sertão Mudou - Zé Mauro
- Beijinho Doce - Nhô Pai
- Orgulhoso - Mário Zan e Nhô Pai
- Ausência - Mário Zan e Arlindo Pinto
- Recordações - Palmeira e Mário Zan
- Cidades de Mato Grosso - Mário Zan e Arlindo Pinto
- Roceira - C. Castilla - Versão: Capitão Furtado
A SAUDADE VAI MOSTRAR A TODOS OS QUE OUVIREM SUA GRANDE VOZ O QUANTO ELA SABIA CANTAR.
ResponderExcluirVIVA GRANDE GEYSA CELESTE
Li e reli estou estarrecido.Em 1959 Duo irmãs Celeste e Mario Zan passaram por uma pequena cidade no interior de Goiás lançando Longe de Ti.E Mário Zan com as crianças na RÇA onde Wanderley Cardoso gravou/Canção do Jornaleiro. Dicamos, toda cidade fascinado pela beleza de vozes e físicas das irmãs Celeste.Elas cantaram no Cine Teatrio Estrela. Estou comentando isso pq la so Emilinha borba em 1955 esteve cantaAliás em 1957 a 0rquestra de Sevilla inaugurou este cinema. Entãi Ipameri era uma cidade servida so por uma linha férreando na Rádio Xavantes PR 3/AM.
ResponderExcluirEu não o terminei: Duo irmãs Celeste/Mario Zan se hospedaram na Pensão da dona Izaura e em São Paulo elas tinham um programa semanal na rádio Nacional ou Record e elas ficaram encantadas com a receptividade de uma cidade que ate então so tinha tido um show na inauguração Cine Estrela/)rquestra Sevilla e Emilinha Borba 1955/no palco Am PE3 Rádio Xavantes de Ipameri.
ResponderExcluirMeu querido esse duo ficou guardado nos corações de todfa juventude de 1959 de Ipameri-Goiás, onde so era servida por uma linha férrea.
Sei que a morte é um processo natural, mas fiquei chocadissimo.No dia 4 janeiro me contaram.Confesso que chorei de emoção e também a sensação de perda em condições tão precárias de um grande tesouso musical GEYSA CELESTE
Gostaria muito de saber onde anda Diva Celeste. meu E-mail é zordina@hotmail.com
ResponderExcluirSou o anônimo que ate agora estou indignado com o trágico fim de Geysa.Nos anos 50 junto c/Diva Celeste fez o maior sucesso no Brasil,depois conquistou américa latina e europa.Como pôde chegar ao ponto de ir buscar comida?Ser amparada por vizinhos em Sorocaba,vender a única casa em São Paulo?
ResponderExcluirÉ faltou luz (Deus) E acima de tudo um cristão pra profetizar la!Pq pra Deus nada é impossivel! E, ele tudo pode!
Confesso que chorei ao ler tudo ai em cima.
A Depressão pode ter vindo do cancer, mas tinha que ter alguém pra orienta la no hOSPITAL E NÃO DAR LHE REMÉDIOS.
fICO A IMAGINAR QUE FALTOU PALAVRA, CARINHO E AMOR DIVINO.e QUE OUTRA COISA TAMBÉM A FEZ LEVAR A UM ESTADO ANORMAL.............
E AGORA SO NOS RESTOU A SAUDADE DE UMA GRANDE ESTRELA QUE SUBIU AOS CEUS PARA FICAR NOS OBSERVANDO CANTANDO COMO SO ELA SABIA FAZER VIVA NOSSA ETERNA GEIZA CELESTE....
ResponderExcluirCaro amigo Tião Camargo! Tive uma idéia brilhante acho que devemos fazer uma vaquinha e mandar para o rapaz que esta cobrando os direitos autorais do pai! Acho que esse rapaz acha que vai ficar milionário cobrando algo que seu pai fez com amor e nunca imaginou cobrar em vida! Agora que aparece alguém para reverenciar a obra gratuitamente querem cobrar algo que estava no esquecimento do povo! Quantas mil cópias foram vendidas na época? Devemos agradecer pessoas como você Tião que sem buscar lucro algum divulga obras de pessoas que plantaram o amor a nossa terra e foram esquecidas num pais onde o artista é desvalorizado! Obrigado por divulgar a nossa música raiz, e vamos fazer algo para satisfazer o rapaz ai! Um abraço Tony
ResponderExcluirPARABENS PARA AQUELES QUE SE LEMBRARM MUITO DA NOSSA GRANDE GEYZA CELESTE QUE DEUS LHE DE O REPOUSO ETERNO LA NO CEU JUNTO COM AS ESTRELAS QUE FICARAM MUITO CONTENTE COM SUA PRESENÇA
ResponderExcluirELA SABIA CANTAR COMO NINGUEM POREM NO CEU ONDE ELA FOI MORAR TODOS ESTAO CONTENTES POIS ELA PARA LA PARA VIVER MAIS FELIZ . VIVA A GEYZA CELESTE
ResponderExcluirHoje senti saudades desse Duo. Fez parte da minha infância. Geisa descanse em paz e faça agora a festa no céu.
ResponderExcluirParabéns por este belíssimo trabalho. Fiquei muito triste ao saber da morte de Geysa. Gostaria também de ter informações sobre Diva, sua irmã e parceira da época do Duo Irmãs Celeste. Espero que não esteja passando pelas mesmas dificuldades. Tenho um vinil com 4 músicas deste Duo maravilhoso que está a disposição. Meu e-mail é gp.gilsonpereira@gmail.com. Um grande abraço.
ResponderExcluirpoderiam postar o cd quiereme mucho geisa celeste para mim baixar ficaria grato
ResponderExcluirAdoro Geysa
ResponderExcluirAdoro Geysa
ResponderExcluirParabéns pela preciosa reportagem... e obrigada por trazer ao nosso conhecimento a história de vida e falecimento de “Geisa Celeste”, esta notável artista, orgulhosamente minha conterrânea de Sacramento-MG.
ResponderExcluirEstranho que ainda não tinha ouvido falar dessa cantora de tão admirável talento (talvez porque eu seja de 1986), mas creio que infelizmente a maioria dos sacramentanos não conheça também esse fenômeno vocal que nasceu em nossa cidade... é realmente o reflexo de um país sem memória, que só valoriza o descartável e não dá o merecido reconhecimento e apoio a gênios de tão sublime talento e gloriosa carreira como foi a Geisa.
Gostaria de saber se a Mariângela Zan é a filha de Geysa com Mário Zan.
ResponderExcluirOUVÍ,GEISA CANTANDO MALAGUEÑA,E CONFESSO QUE FIQUEI EXTASIADO COM TANTO TALENTO,TANTA BELEZA VOCAL...!!!QUE DEUS A TENHA NA SUA GLÓRIA.!
ResponderExcluirEu tbm amava o DUO IRMÃS CELESTE.amo ainda e não sabia de sua morte. e Diva,onde está?
ResponderExcluirEu Samuel também vou dizer uma ou duas palavras:-
ResponderExcluirobservando o que aconteceu com Geysa, serve muito para nossa reflequição, pois o mundo, isto é as pessoas são assim mesmo nós sempre pensamos que o mundo foi feito só pra nós, não temos pena de ninguem, não precisamos morrer é só ficar doente que ficamos sozinho, as pessoas que pensamos que é nossos amigos ou parentes são os primeiros a dezaparecerem.Tião eu sou o Samuel da dupla Salvador e Samuel. Um abraço a você.
Porque só postou um disco delas ?
ResponderExcluirate hoje penso na voz de geysa celeste e peguei todos discos dela na internet so me falta o que ela gravou solo em 1972/ isto é Brasil. poderia fornecer o link?
ExcluirVoz inesquecível. Triste pela partida da cantora magnífica e pelo não reconhecimento do seu talento. Nas lembranças de minha infância e no gosto pela bela vozela permanece.
ResponderExcluirÉ a Geisa Celeste que faz aquele falsete na música "Linda Cigana" com Silveira e Barrinha!! É triste ver uma grande cantora com uma voz indiscutívelmente maravilhosa terminar assim no esquecimento!!Um dia assistindo o programa do Geraldo Luiz, ele entrevistou o Tinoco que estava rodando um carro GOL já bem usado para pagar o tratamento de câncer de sua esposa!!
ResponderExcluirDigo:rifando um golzinho já bem usado
ExcluirÉ triste,e lamentável, ter que admitir,que esse país não tem memória nem carinho pelos seus artistas, exceto em alguns casos.Geisa possuía a voz esplêndida, fora do comum.Que Deus,a receba. !
ExcluirCom certeza a cantora Mariângela zam é a filha da geysa celeste,pois lendo a biografia de Mário zan , no Google, ele só tem uma filha mulher e quatro filhos homem . O que me deixa curioso é ver que tanto na biografia do Mario zan quanto da Mariângela, não falam da geysa, nem como esposa do Mario zan e nem como mãe da Mariângela zan. É ela escrevia nas cartas que existia desavenças entre ela e a filha. Será que ela causou tantas magoas assim para ser excluída das vidas do marido e da filha?. Se geysa fosse minha mãe eu teria o maior orgulho em dizer que era filho dela.
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