Revista Sertaneja - Ano I - nº 06 - setembro de 1958
Na capa: Irmãs Castro
01 - Morte da Lurdinha (Francisco Ribeiro e Rielinho) 1950
02 - Pinheiro Que Dá Uma Pinha (Irmãs Castro) 1950
03 - Aventureira (Rielinho e Irmãs Castro) 1950
04 - Moreninho Lindo (J. Pierpauli e Maurício C. Ocampo, Arr. Rielinho) 1950
05 - Meu Cavalinho (Mário Zan e Nhô Pai) 1948
06 - Culpada (Mário Zan e Nhô Pai) 1949
07 - Terra Paraguaia (Joly Sanche e Zezinho Brasil) 1960
08 - Quando Voltarei (Roberto Tangel) 1960
09 - Alma Guarany (Damásio Esquivel e Aramando Souza) 1956
10 - Violão Amigo (Arlindo Pinto e Priminho) 1956
11 - Mágua Sertaneja (Tonico e Maria Castro) 1954
12 - Tapera (Antonio Bruno) - Irmãs Castro (1955)
13 - Apenas Uma Cartinha (Geraldo Costa e Arlindo Pinto) 1948
14 - Cidade de Mato Grosso (Mário Zan e Arlindo Pinto) 1949
15 - Três Estados (Irmãs Castro) 1953
16 - Vingada (Antonio Alves dos Santso) 1953
17 - Índia Soberana (Zacarias Mourão e Nhô Goiá)
18 - Eu Não Posso (Pachito) - Irmãs Castro
19 - Faz um Ano (Felipe Valez Leal, Vs. Nhô Pai) 1945
20 - Beijinho Doce (Nhô Pai) 1945
CRÉDITOS: SANDRA CRISTINA PERIPATO
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Biografia
Fontes: Diconário Cravo Albin e www.boamúsicaricardim.com.br
Dupla sertaneja formada pelas irmãs Maria de Jesus Castro - Itapeva, SP-1926, e Lourdes Amaral Castro - Bauru, SP-1928.
Em 1938, Maria de Jesus e Lourdes Amaral participaram escondidas dos pais do concurso Descobrindo Astros do Futuro, em Bauru (SP). Venceram o concurso e continuaram a cantar músicas em inglês numa rádio local.
A carreira profissional da dupla teve início quando Nhô Pai as viu cantando e gostou do duo perfeito das vozes. Nhô Pai pediu então autorização aos pais de Maria de Jesus e Lourdes Amaral para ensiná-las o gênero sertanejo.
No início dos anos 1940, receberam convite para cantar no Rio de Janeiro. Devido à idade, tiveram que falsificar as certidões de nascimento para poder cantar em cassinos. Na Capital Federal cantaram nas Rádios Tupi, Globo, Mayrink Veiga. Em São Paulo atuaram nas rádios Cultura, Tupi e Bandeirantes.
Em 1944, gravaram seu primeiro disco, interpretando o corrido "Não me escrevas", de Gabriel Ruiz e Nhô Pai, e o rasqueado "Che cabu (Vem cá)", de Nhô Pai. No ano seguinte, gravaram novo disco contendo o valseado "Faz um ano", de F. Valdez Leal e Nhô Pai, e o corrido "Beijinho doce", de Nhô Pai, que se tornaria o maior sucesso da dupla e um dos clássicos da música sertaneja. Com o sucesso obtido com a gravação de "Beijinho doce", as Irmãs Castro tornaram-se estrelas. Seus discos começaram a vender em grandes quantidades.
Em 1945, gravaram "Sou roceira", chamego de Cuates Castilla e Ariovaldo Pires, e a valsa "Cidade morena", de Nhô Pai e Riellinho.
Em 1947, gravaram "Noites do Paraguai", guarânia de S. Aguayo, com versão de Ariovaldo Pires, uma das muitas versões de canções paraguaias e mexicanas que a dupla gravou. No mesmo disco estava o rasqueado "Ciriema", de Nhô Pai e Mário Zan, outro de seus grandes sucessos. Da mesma dupla gravaram o rasqueado "Orgulhoso", ainda em 1947.
Com o sucesso que estavam obtendo, passaram a receber vários convites. Apresentaram-se em circos e rádios por todo o Brasil. Cantaram também em diversos países da América Latina, tais como Paraguai, Uruguai e Argentina.
No Paraguai, por sinal, elas foram para se apresentar por uma semana no Teatro Vitória (o maior de Assuncion), mas acabaram permanecendo um mês por lá. A apresentação das Irmãs Castro foi transferida então para o Teatro Municipal de Assuncion, já que o excelente conjunto vocal americano “The Platers” tinha uma apresentação programada no Teatro Vitória. E as Irmãs Castro acabaram "roubando a platéia" do "The Platters", pois o conjunto americano, além de ter tido que aguardar a transferência das Irmãs Castro para o outro teatro, ainda teve no show lotação abaixo da esperada, enquanto as Irmãs Castro se apresentavam com mais platéia no Teatro Municipal!
E, na volta ao Brasil, voaram num avião cedido pelo Governo Paraguaio! No Paraguai fizeram sucesso principalmente com "Che Yara Porã Tupy" (Capitão Furtado – Riellinho) e "Che China Mi" (Antônio Cardoso – Capitão Furtado).
Em 1949, gravaram, entre outras músicas, o rasqueado "Cambu-cuá", de Nhô Pai e Nhô Fio, "Cidades de Mato Grosso", rasqueado de Mário Zan e Arlindo Pinto, e o valseado "Apenas uma cartinha", de Geraldo Costa e Arlindo Pinto.
Em 1951, lançaram o valseado "O beijo era meu" e a toada "Rio acima", de autoria da dupla e Antônio Bruno.
Em 1952, gravaram os baiões "Bem-te-vi", de autoria da dupla com Luiz Lauro, e "Sentimental", das irmãs com Antônio Bruno. Em 1954, gravaram as guarânias "Flor silvestre", de Cuates Castilla, com versão de Ariovaldo Pires, e "Eu queria saber", de Sebastião Godoy. No ano seguinte, gravaram a moda de viola "Mágua sertaneja", de Tonico e Tinoco.
Em 1956, gravaram a guarânia "Luar de Aquidauana", de Anacleto Rosas Jr. e Zacarias Mourão. Por essa época fizeram excursão ao Paraguai para se apresentar por uma semana no Teatro Vitória, o maior de Assunção. Acabaram ficando um mês, sendo transferidas em seguida para o Teatro Municipal, já que o conjunto americano The Platers iria se apresentar no Vitória. The Platers teve que esperar a transferência das irmãs Castro e ficou com lotação pequena enquanto as duas estiveram em Assunção. De retorno ao Brasil, vieram em avião cedido pelo governo daquele país.
No Paraguai fizeram sucesso principalmente com "Che Yara porã tupy", de Ariovaldo Pires e Riellinho, e "Che china mi", de Antônio Cardoso e Ariovaldo Pires.
Em 1960, gravaram a toada "Encruzilhada", de Angelino de Oliveira, e o rasqueado "Lembrando alguém", das irmãs e Zezinho Brasil.
Em 1974, lançaram um LP pela Chantecler, quando regravaram antigos sucessos como "Beijinho doce", além de outras músicas, como "Pelejo pra te deixar", de Biá e Gauchito. Em 1984, participaram do programa "Viola minha viola", na TV Cultura de São Paulo. Dissolvida em 1985, foi a primeira dupla feminina a gravar música sertaneja. Foram também as pioneiras no ritmo corrido
A dupla se desfez em 1985. Porém as Irmãs Castro compõem um "capítulo" muito importante na História da Música Caipira Raiz, pois, além delas terem sido a primeira Dupla Feminina a gravar Música Caipira, as Irmãs Castro também foram as pioneiras no ritmo “Corrido” (o mesmo ritmo de "Beijinho Doce" (Nhô Pai)).
E, na foto abaixo, Mary Galvão, Maria de Jesus Castro, Lourdes Amaral Castro e Marilene Galvão: as Irmãs Castro e as Irmão Galvão por ocasião do lançamento do Livro de José Hamilton Ribeiro "Música Caipira - As 270 Maiores Modas de Todos os Tempos" - Editora Globo - 2006:
Boa tarde TIÃO CAMARGO,parabens====lindo Blog e belas postagens======= aproveito pra lhe perguntar,recebeu o meu EMAIL? fique com DEUS
ResponderExcluirANTONIO TELLES===================
Sou neta de uma das Irmãs Castro, ficamos muito felizes com a homenagem....
ResponderExcluirA musica Che Yara Porã Tupi marcou minha adolescencia. Duas colegas, fantasiadas de indias dramatizaram_na no colegio. Porém nunca consegui encontrar a musica.
ExcluirEstou fazendo uma pesquisa de doutorado sobre guarânia no Brasil. Alguém sabe como faço para entrar em contato com as Irmãs Castro e as Galvão e(ou) suas famílias? Pretendo fazer entrevistas para fundamentar minha pesquisa. Meu nome é Evandro Rodrigues Higa, sou prof. na UFMS e doutorando no IA-Unesp. E-mail de contato: evandrohiga@uol.com.br. Obrigado
ResponderExcluirai mano ta fora do ar o medifire se possivel reupar te agradeço ... coloca no mega.oz la baixar é facil e nao precisa reupar sempre
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