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Roupas no varal (José Fortuna/Paraíso )
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Amor de pobre (Peão Carreiro/Cabo Romacccini)
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Dose pra jacaré (João Mulato/Arlindo Rosa)
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Fim do mapa (Jesus Belmiro/Lourival dos Santos)
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Eu estou num bagaço (José Fortuna/Paraíso)
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O dono do ferrão (Moacyr dos Santos/Tião do Carro)
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Banho de arruda (Vicente P. Machado/Moacyr dos Santos)
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Império do amor (Peão Carreiro/J. dos Santos)
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Paixão da minha vida (João Mulato/Paraíso)
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Maria e José (José Caetano Erba/Lourival dos Santos)
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Luta de classe (Vicente P. Machado/Dino Franco)
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Quatro cantos da casa (Vicente P. Machado/Moacyr dos Santos)
Esse Douradinho é o Luiz, de Piracicaba, o primeiro parceiro do João Mulato depois do Bambico. Isso é tudo que sabemos desse Douradinho; se nossos colaboradores puder nos enviar mais informações sobre ele, ficaremos gratos.
Junto com o DOWNLOAD de João Mulato e Douradinho, você baixa também a a Crônica, abaixo, “As Entidades Brasileiras” do meu amigo Poeta Lázaro Carneiro.
As entidades brasileiras.
Debaixo da moita de pindaíba, a onça pintada esturra, urra e espira. Leva uma estocada do boitatá, o boitatá não foge, ele afugenta as onças pintada, parda, jaguatirica e os gatos do mato, até a suçuarana, nenhuma fica, desembestam-se campo a fora pois é o boitatá que manda no cerrado e nas moitas de pindaíba.
Nos trilhos e caminhos que demarcam os matagais, todas as estradas que vem ou que vão, quem manda é a mula sem cabeça, nem teiú, nem os tamanduás, nem curuja, nem curiango pensam em atravessar, mas nem voando, pois temem a grande besta, as cotias as antas e as queixadas nunca andam nas estradas porque quem manda não deixa ,e quem manda nas estradas? É a mula sem cabeça.
Toda floresta ou cerrado que tem rio charque ou banhado tem quem manda nas águas, a mãe da água é a iara, que em noites escuras ou claras, noites de calor ou frio, a mãe d’água manda nos rios.
O jacaré, o jaboti, o cágado, a capivara, o sucuri, a irara, nenhum deles suja a água do rio, devem ter medo do iara, a mãe d’água que manda no rio.
No espigão, na baixada no outeiro e na barroca, nas árvores retas ou tortas de casca lisa ou grossa, os animais que voam rastejam ou andam, pois ai quem manda é o saci pererê; que manda na mãe d’água, na mula sem cabeça, no caipora e boitatá Quando o saci assovia, fauna e flora silenciam; as águas não rolam, as árvores não balançam, os animais mal respiram. Que pena que os homens não respeitam o saci pererê.
Do Poeta Lazinho Carneiro
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