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Web Rádio "SAUDADE SERTANEJA, transmitindo de Bauru/SP, Sob Direção Geral de Tião Camargo

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segunda-feira, 26 de março de 2012

João Mineiro morre aos 76 anos em SP

O cantor sertanejo João Mineiro morreu no final da noite deste sábado (24), no hospital Paulo Sacramento, em Jundiaí, no interior de São Paulo. João Mineiro tinha 76 anos e estava internado na UTI após uma cirurgia para retirada da vesícula.

O sertanejo ficou conhecido com a dupla João Mineiro e Marciano, a parceria durou 18 anos e rendeu até um programa de TV. A dupla se seuparou em 1993. Nos últimos anos, João Mineiro fazia dupla com Mariano.

A cerimônia de despedida do cantor começará na manhã deste domingo no velório municipal Adamastor Fernandes, em Jundiaí. O corpo de João Mineiro será enterrado na segunda-feira em sua cudade natal, Andradas, no sul de Minas Gerais.

João Sant'Ângelo (João Mineiro) nasceu em Andradas/MG em 23 de agosto de 1935.
José Marciano (Marciano) nasceu em Bauru/SP em 01 de abri de 1951.

Fonte: Jornal do Brasil.

A dupla formou-se em 1970, depois que João Mineiro desfez a dupla de oito anos com Zé Goiás, com quem cantava numa linha humorística e de raiz. Marciano procurava alguém para formar uma dupla na linha sertanejo romântico. O primeiro disco foi gravado em 1973 pela gravadora Xororó, com João Mineiro pagando a prensagem do disco. Deste primeiro trabalho destacaram-se “Filha de Jesus”, “Chovisco da Madrugada” e “Aurora do Mundo”.
Em 1980, gravaram “Esta Noite como Lembrança”, pela Copacabana.

Devido ao sucesso, e também ao fato de que a música sertaneja ser muito tocada no Brasil, João Mineiro e Marciano chegaram a apresentar um programa musical no SBT no final da década de 80, nas manhãs de domingo, que levava o nome da dupla.

Em 1990, fizeram uma excursão aos Estados Unidos, apresentando-se em Las Vegas, Nova Jersey, Boston, Nova York e Miami. Em 1991, gravaram um LP em espanhol e fizeram uma turnê de shows pelo Norte e Nordeste. Em 1992, lançaram o LP “Dois Apaixonados”. A dupla se desfez em 1993.

Após a separacão, em 1993 João Mineiro formou a dupla João Mineiro e Mariano e mantem essa mesma até os dias de hoje realizando shows por todo o Brasil. Marciano iniciou carreira solo e também atua até os dias de hoje.

Texto: Sandra Cristina Peripato, site  www.recantocaipira.com.br

Embora eu tenha sido vizinho de fazenda do Marciano – ele morava na Fazenda São Geraldo e eu na Fazenda América, no triângulo das divisas dos municípios de Avaí, Bauru e Piratininga, sem nunca saber ao certo a qual municípios pertenciamos; trabalhamos na roça, jogamos futebol juntos, frequentávamos os bailinhos nas fazendas, etc. - acabei mesmo fazendo amizade com o João Mineiro quando entrei para o rádio. O Marciano sempre foi muito reservado, uma pessoa fechada de poucas conversas; já o João Mineiro era muito extrovertido, brincalhão, e contador de piadas, principalmente de piadas de mineiro. Quase sempre, depois de tomar uma pinguinha, pedia abacaxi; segundo ele, para tirar o zinabre da garganta. Mesmo no auge da fama, foi sempre o mesmo.

Para a segurança dos artistas a Polícia sempre os escoltava do hotel até o local do show, e o João Mineiro odiava isso, principalmente quando ele tinha que se deslocar numa viatura policial.  Então, quando se apresentava na Região de Bauru, quase sempre me ligava para eu buscá-lo no hotel com meu carro. “Odeio andar de carburão; aqui no seu carro ninguém vai me reconhecer” dizia. Claro, ninguém poderia imaginar que o João Mineiro estivesse dentro daquele chevetinho velho. Como eu tinha credencial para entrar nesses locais, a gente entrava e saía sem que ele fosse notados. Depois do show era pinguinha com abacaxi. Eu sempre providenciava um lugarzinho discreto para levá-lo depois do show, já com com recomendas: além da pinguinha, um abacaxi inteiro sem descascar. Ele descascava o abacaxi, segura-o por inteiro, ia cortando e comia até o talo. Às vezes a gente saia do show e ia para alguma festa promovidas pelos promotores do evento – coisa que o João também odiava, mas fazia parte. Nesses locais a gente tinha dificuldade para entrar com meu chevetinho; aí ele tinha que se indentificar. E ainda me apresentava como seu acessor de imprensa.

Da família do João, conheço apenas Celina da dupla “As Marcianas”, outra pessoa fantástica, exatamente como o pai. A toda a família, amigos e adimiradores do João Mineiro, meu mais profundo sentimento. Que Deus o tenha, João!

Tião Camargo

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