Nesse domingo, voltando de uma viagem a São Paulo, resolvi passar por Tietê e visitar o Museu Cornélio Pires. Para minha surpresa, o museu foi transferido do Centro para o Parque Ecológico da Cidade e não encontrei ninguém que me ensinasse o caminho correto. Dentro da cidade existem alguma referência ao Museu mas que não leva a nada. Nem mesmo um ex-vereador da Cidade soube me dar informações correta sobre o paradeiro do Museu do Cornélio. Disse-me, apenas: “Acho que fica no Parque Ecológico, na saída para Piracicaba”.
Achei a saída para Piracicaba, mas nenhuma indicação do tal Parque Ecológico e do Museu do Cornélio Pires. Percebendo que pouquíssimas pessoas já tinham ouvido falar em Cornélio Pires - no Museu, então… – resolvi mudar de estratégia e passei a procurar pelo tal Parque Ecológico e nenhuma informação correta. Cobrado pela neta Laura de 7 anos, com reforço da minha mulher Bete, que me acompanhavam, fomos procurar almoço. No primeiro restaurante que entramos, antes de sentarmos para almoçar resolvi perguntar a dona do restaurante sobre o Museu e o Parque Ecológico: “Ouvi dizer que existe sim aqui em Tietê, mas não sei onde fica”. Irado, sem entender como que alguém proprietário de um restaurante não conhece os principais pontos turísticos de sua cidade, fomos embora; deixaram de vender três refeições. Rumei novamente para a saída de Piracicaba.
No caminho, outro restaurante. Intimado pela neta e a mulher, então parei e - utilizando mais uma vez do mais primitivo dos GPSs (perguntar) - perguntei ao Gerente do Restaurante pelo Museu Cornélio Pires e o Parque Ecológico. “O Museu Cornélio Pires fica no Parque Ecológico, cujo caminho é a primeira saída à esquerda, uma estradinha de terra, no final desta rua”. Se dissesse que não sabia…. Mas a informação foi convincente; resolvi almoçar, para o alívio da neta e da mulher. Almoçamos, seguimos em frente, entramos na tal estradinha de terra e logo na primeira encruzilhada lá estava a primeira indicação do Museu Cornélio Pires. No início da estradinha que leva ao Museu de Cornélio Pires, apenas está placa “Pátio de Recolhimento de Veículo”
Enfim, chegamos ao Museu do Cornélio Pires, fechado, solitário, sem ninguém para me atender. Ao lado do Museu um casal na varanda de uma casinha que não deu a mínima para a gente; ignoraram nossa chegada. Fiz algumas fotos, já sem paciência para pedir qualquer informação, estava pronto para ir embora quando minha mulher resolveu perguntar ao casal quem era o responsável pelo Museu para atender os visitantes, quando o rapaz respondeu que o responsável era seu sogro mas que não estava em casa, mas que ele poderia abrir o Museu para a gente visitar. Então abriu, entramos, fiz mais alguma fotos, que não ficaram boas pois minha maquininha não é profissional, eu muito menos. Mesmo abrindo todas as janelas, não é possível ler todas as identificações dos objetos, acho que deveria ser mais bem iluminado; trata-se de um museu, não um velório.
Na saída, visitamos também a sepultura de Cornélio Pires no Cemitério da Cidade. No caminho de volta a Bauru, visitamos a Capelinha de Ana Rosa e o Terevo Antenor Serra “Serrinha” na Cidade de Botucatu. Veja fotos abaixo.
Também, em agradecimento ao ao Gerente do Restaurante Cancian, que nos deu pistas concretas do caminho do Museu e do Parque Ecológico, postagem abaixo um Cartãozinho do Restaurante Cancian. Em tempo: paguei pelo almoço e o pessoalo do restaurante nem sabe de nada.
Tião Camargo.
Estátua de Cornélio Pires na entrada do Parque Ecológico
Capacete usado por Cornélio na Revolução de 1932
Fogão capira na cozinha do Museu
Viola de 1913, utilizada no Primeiro Encontro do Divino organizado por Cornélio Pires.
Capelinha de Ana Rosa no Bairro Lavapés em Botucatu
Foto da placa do Trevo Antenor Serra “Serrinha” na cidade de Botucatu. Perimeiro trevo de acesso à Cidade, sentido Interior – Capital.
Restaurante Cancian. Na próxima, quem sabe, livro o almoço; é ou não é! RS…
É a nossa cultura indo pro brejo. Também estive em Tietê o nosso amigo Cornélio esta caindo no esquecimento. Para ele fiz esse verso, espero que goste.
ResponderExcluirTIETÊ DE COENÉLIO PIRES
Sou um desconhecido a vagar...
Ruas estreitas, cheias de historias.
No olhar o cumprimento sincero das pessoas
Espontaneamente, bom dia, boa tarde, boa noite...
Essa forma amiga desse povo me fascina
Caminho pelas ruas, passo na igreja.
Revejo o museu, a praça, a erma do poeta.
Vou relembra-lo no cemitério
Lá esta a campa onde descansa.
O velho mestre, o poeta "Cornélio Pires"
O silêncio a obrigação, uma oração...
Seus versos Fluem...
"Ai seu moço, eu só queria
pra minha felicidade..."
Na cabeceira do túmulo, ele sorria.
Se não acreditam, lá esta a fotografia.
Autor Antonio Fernando Pereira
k pena com oque aconteceu com vc amigo
Excluirna terra do mestre cornelio pires
deve ser um deslize ou incopetencia da secretaria de cultura de tiete
amigo como tieteense fico invergonhado com tal situaçao que o amigo passou
nao ligue nao cornelio pires estara sempre com seu sorriso alegre para recebelo de volta em tiete
se passar por botucatu venhar conhecer outro berço da musica caipira angelino de oliveira serrinha e outros tantos quetantofizeram pela musica raiz
um abraço ibrahim
É mesmo de entristecer a falta de base cultural que denotam os brasileiros. O início desse ritmo que hoje toma conta de todos os cantos do país deve ser venerado.
ResponderExcluirTião, conheci seu blog agora e acho que poderemos trocar muitas informações.
Grande abraço e parabéns por essa honrosa atitude.
Denier Carvalho
como tieteense mas radicado em Rio das Pedras-sp, fico envergonhado ao tomar conhecimento do relatado. Visto que só pode dar quem tem, e quem as tinha já se foram, os que sobraram não pretam ou não querem prestar atenção o que é de mais valioso-CULTURA .
ResponderExcluirmuito bacana seu relato e também as fotos..
ResponderExcluirassim mesmo de longe podemos conhecer um pouco do que preservam da história de nossa música raiz...