Vítor Mateus Teixeira, mais conhecido como Teixeirinha, (Rolante, RS, 3 de março de 1927 — Porto Alegre, 4 de dezembro de 1985) foi um cantor e compositor brasileiro, também conhecido como o "Rei do Disco", pelos recordes de vendas de discos que consegue até hoje, mesmo já falecido. Teixeirinha teve uma infância difícil, especialmente por ter perdido aos sete anos o pai, um carreteiro, e aos nove anos a mãe, em um incêndio. Em 1960 tornou-se sucesso nacional com o lançamento de "Coração de Luto", que vendeu milhões de cópias e se tornou um dos singles mais vendidos da história da música mundial. A música falava da trágica morte de sua mãe, no programa do Chacrinha. Em 1961 conheceu em Bagé a cantora Mary Terezinha, que se tornou sua efetiva companheira. Iniciou a carreira apresentando-se em circos e emissoras de rádio do interior gaúcho. Posteriormente apresentou-se em Porto Alegre, cantando em churrascarias e programas folclóricos. Em 1959, gravou seu primeiro disco, onde interpretou o arrasta-pé "Briga no batizado" e o xote "Xote soledade", ambos de sua autoria. O disco não alcançou grande repercussão e ainda gravaria, naquele mesmo ano, mais dois discos. Em 1960, gravou o xote "Gaúcho de Passo Fundo" e a toada-milonga "Coração de luto", ambas de sua autoria. Com "Coração de luto", conheceu seu grande sucesso. A toada, composta quase ao acaso, tornou-se um clássico, com mais de um milhão de cópias vendidas, sendo gravada em 21 idiomas. Por essa época, excursionando pela cidade de Bagé, conheceu a acordeonista Mary Terezinha, que cantava na rádio local. Os dois se casaram e se apresentaram juntos por 22 anos, realizando ainda doze filmes. Em 1961 gravou de Luiz Menezes a canção "Cantiga da saudade" e a valsa "Nunca mais". No ano seguinte gravou de sua autoria a marcha "Obrigado doutor" e o tango "Migalha de amor". Em 1963 gravou, de sua autoria, o xote "Gaúcho andante" e a milonga "Volte papai". Em 1964 gravou os arrasta-pés "Motorista brasileiro" e "Sorte tirana", de sua autoria. Em suas composições, manteve vivos ritmos como o vanerão, a vanera, a rancheira, a polca e o xote. Foi um pioneiro no cultivo e popularização das formas musicais gaúchas. Suas composições retratavam a vida em seu dia-a-dia, sem enfeites, numa linguagem cotidiana. Utilizou o rádio como intrumento fundamental de divulgação de seu trabalho. Comprava nas emissoras os horários mais populares, na madrugada, antes dos trabalhadores saírem de casa, ou então à noite, depois que retornavam. Na Rádio Farroupilha de Porto Alegre comandou os programas "Teixeirinha canta para o povo do Brasil" e "Teixeirinha amanhece cantando". Foi também produtor de cinema, através de seus "LPs filmados". Produziu 12 filmes. De uma maneira geral, criava a história, gravava numa fita e enviava para o diretor ouvir e elaborar o roteiro viabilizando a idéia. Em seus filmes, não vivia nenhum personagem específico, e sim, ele mesmo, que travestido de herói, dava tiros e rolava pelo chão no estilo dos caubóis norte-americanos. Em 1966, fez seu primeiro filme, "Coração de luto", com direção de Eduardo Llorente. Em 1969, filmou "Motorista sem limite", de Milton Barragan. Em 1971, foi a vez de "Ela tornou-se freira", de Pereira Dias. Em 1972, filmou "Teixeirinha a sete provas", de Milton Barragan. Em 1974, "Pobre João", de Pedro Dias. Filmou ainda, "Trilha da justiça", "Carmem, a cigana", "Gaúcho de Passo Fundo", "Tropeiro velho" e "Filha de Iemanjá". Este último filme acabou por levar sua produtora cinematográfica, a Teixeira Produções Artísticas, à falência. Deixou uma obra com mais de 60 discos gravados e cerca de 700 composições. Em 1981, filiou-se ao PDS gaúcho na tentativa de seguir carreira política que não deu certo. Em 1994, a gravadora Continental lançou um LP com uma coletânea de suas composições interpretadas por diversos artistas, como Gaúcho da Fronteira, Os Monarcas, Os Garotos de Ouro, Os Milongueiros, Os Serranos, e outros. Graças a recursos tecnológicos, os intérpretes apareciam cantando em dueto com sua voz. Em 1995, por ocasião do aniversário de dez anos da morte do artista, foi realizado em Porto Alegre o Painel "Teixeirinha e a Cultura Gaúcha, Mito e Realidade", pela Discoteca Pública Natho Henn e Casa de Cultura Mário Quintana, com debates e exibição de seus filmes. Ao longo de sua carreira, recebeu 13 Discos de Ouro e um Galo de Ouro, este em Portugal. Excursionou pelo Brasil, América do Sul, América do Norte e Europa. Foi apelidado de "Gaúcho Coração do Rio Grande". |
DISCOGRAFIA (LPs)
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FILMOGRAFIA
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O site oficial de Teixeirinha simplesmente ignora aquilo que o Brasil inteiro sabe: o romance de 22 anos com a Mary Terezinha, refere-se a ela apenas como uma acordeonista que o acompanhou durante todo esse tempo. No especial que começou ser produzido pela RBSTV – que não chegou ser concluído devido a morte dele – tanto o Teixeirinha, como a Mary Terezinha falam de como tudo começou e acabou. Num trecho ele simplesmente esculacha com Mary, dizendo que a mesma não passou de uma simples sanfoneira dele. Noutro, após ter se separado de Mary, ele aparece ao lado de dona Zoraide Teixeira, sua verdadeira esposa, falando da importância da família, dos fãs, etc., e simplesmente não toca no nome da ex-companheira. Teixeirinha teve nove filhos: Sirley Marisa; Líria Luisa; Victor Filho; Margareth; Elizabeth; Fátima Lisete; Márcia Bernadeth; Alexandre e Liane Ledurina. Alexandre e Liane Ledurina são filhos dele com a Mary Terezinha. Num trecho do especial da RBSTV, eles aparecem falando da separação dos pais. Confiram... |
Sempre fui fã do Teixerinha, portanto não tenho nenhum motivo para denegrir sua imagem, pelo contrário, com esse trabalho quero ajudar manter viva sua história, suas músicas e seus filmes, divulgando seu site oficial e a Fundação Teixerinha mantidos por sua família. Tião Camargo – Bauru/SP |
Parabens por esse trabalho saudavel e otimo trabalho. Baixei esse video do Teixeirinha, tres vezes em dias diferentes e quando abro o arquivo aparece uma informacao avisando que tem falha no CRC e que o arquivo esta corrompido. Estou ansioso para ter todas as partes desse video e do audio tambem. Ouco o Teixeirinha desde crianca, final dos anos sessenta. Obrigado. Waldomiro - Curitiba -Pr
ResponderExcluirmuito bom seu trabalho. ñ esqueço teixeirinha e gostaria muito de saber de anadelia a cantora q. o acompanhou na musica ave maria dos noivos. meu endereço: vanibalestero@hotmail.com.se puder me ajude a ter noticias dela obrigada
ResponderExcluireu tenho esse especial de teixeirinha e nao o vejo esculaxando a mary nao,e quem quiser o especial da rbs no youtube tem valeu
ResponderExcluirO svideos postados aqui são do Youtube. O Teixeirinha não reconhece a Mary como aquela que foi sua mulher e com ela teve dois. Isso não é esculacho?
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